Projetos

No projeto intitulado “Fronteiras em movimento”, financiado pelo Universal/CNPQ, abordamos a fronteira em movimento, conflitos por terra e deslocamentos de trabalhadores/as rurais entre o Meio Norte e a Amazônia Oriental entre 1970 e 2000, considerando possibilidades de acesso à terra por essas populações, experiências nos mundos do trabalho e estratégias acionadas na luta pela terra em espaços de fronteiras, tomados, conforme Martins (2014) como caldeirão cultural, zonas de conflito onde sujeitos são submetidos a condições de desumanização. No Piauí, enfocamos deslocamentos de trabalhadores das Matas de Carnaubais a partir de redes de aviamentos e cadeias de exploração, que se configuram como trabalho escravo. No Maranhão, enfatizamos o Médio Mearim e o Pindaré, historicamente áreas de intenso fluxo migratório de trabalhadores rurais nordestinos e maranhenses e, no recorte temporal adotado, se constituem em espaços de incidência de conflitos e deslocamento. Na Amazônia Oriental, abordamos o nordeste, sul e sudeste do estado do Pará, local de grande fluxo migratório com a abertura de estradas de acesso à região nos fins dos anos 1960 e início dos anos 1970 e de intensa propaganda durante a Ditadura Militar que propala a ideia da Amazônia como espaço vazio. O recorte temporal perpassa a criação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a discussão do I Plano Nacional de Reforma Agrária e da Constituinte, o ressurgimento e a consolidação dos movimentos sociais do campo, no qual as categorias de auto identificação dos envolvidos se transmuta de posseiro a sem-terra (PEREIRA, 2015) e as situações de trabalho forçado/escravo assumem ampla repercussão em instâncias nacionais e internacionais. Estudar formas de trabalho rural, considerando exploração, precarização e escravização, implica considerar a complexidade da mercantilização da força de trabalho, segundo Marcel van der Linden (2013), o capitalismo apresenta uma variedade de relações de trabalho em que o sujeito, mesmo assalariado, é fisicamente forçado a permanecer no trabalho.

Coordenação: Prof. Dra. Cristiana Costa da Rocha

O grande número de trabalhadores rurais saídos do Meio Norte, a maioria homens, que, sobretudo a partir da década de 1970, passaram a depender do trabalho na região da Amazônia Oriental para sobrevida de suas famílias, denuncia a reprodução da pobreza que condiciona historicamente as populações rurais da região, nos mobiliza a problematizar acerca dos aspectos trágicos da estrutura agrária brasileira, com ênfase na região Meio Norte, cujas raízes históricas coloniais encontraram legitimidade na Lei de Terras de 1850. Nesse meio perpassa questões sobre estruturas e processos produtivos no campo, formas de acesso à terra e aos bens naturais, relações produtivas e socioculturais, relações de trabalho no campo (escravidão, agregados e trabalho livre), legislação agrária e ambiental, conflitos agrários e disputas pela legitimação de direitos, modos de dominação, resistência, são questões que nos permitem pensar, compreender o Mundo Rural, como fortalecer os estudos no campo da História Rural.

Coordenação: Prof. Dra. Cristiana Costa da Rocha

O projeto faz parte das ações desenvolvidas no NEPHSertões – Núcleos de Estudos e Pesquisas em História Social dos Sertões, que tem engajado estudantes do curso de graduação em Ciências Humanas/História da UFMA – Campus Codó. A ideia central é fomentar investigações históricas sobre as problemáticas da escravidão e da liberdade no Maranhão oitocentista, com atenção às agências de populações indígenas, negras e mestiças nos mundos do trabalho da Província. A pesquisa terá participação dos estudantes filiados ao NEPHSertões, já envolvidos com levantamento bibliográfico e de fontes sobre populações subalternizadas no Maranhão Colonial e Imperial. O recorte dos “sertões”, em sua dimensão territorial (física) e conceitual, vem sendo objeto de discussão permanente do grupo de pesquisa. Nesse direcionamento, um dos objetivos centrais da proposta é cruzar reflexões sobre economia e sociedade com uma qualificada discussão sobre espaço e territorialidade. Entende-se que o “sertão” maranhense, construído em sintonia com modalidade econômica agroexportadora escravista, guardava muitas especificidades sociais e ambientais que devem ser exploradas na pesquisa. Ao perscrutar tais particulares serão estabelecidos diálogos comparativos obrigatórios com a dimensão imperial e internacional, considerando as conexões do Maranhão com outras províncias e com as longevas travessias atlânticas. A produção oriunda desta pesquisa poderá enriquecer discussões sobre o ensino de história com base em artigos, ferramentas didáticas, aulas, sempre com atenção as possibilidades de diálogo com o presente, pois as fronteiras entre o que se entende como escravidão e liberdade ainda se apresentam problemáticas nos mundos do trabalho contemporâneos.

Coordenação: Prof. Dr. Antonio Alexandre Isídio Cardoso

Essa pesquisa busca examinar se o perfil do eleitorado de Bolsonaro, no primeiro turno de 2018, se diferencia substancialmente em comparação com aqueles eleitores que não fizeram esta opção nas urnas, no que diz respeito à adesão a valores democráticos e à confiança institucional. Para isso, serão utilizados dados fornecidos pelo ESEB (Estudo Eleitoral Brasileiro), levantados no ano de 2018, referentes a questões dessa natureza. As variáveis examinadas, que serão relacionadas ao voto/não voto em Bolsonaro no primeiro turno de 2018 são as seguintes: (1) preferência entre democracia e ditadura; (2) satisfação com a democracia no país; (3) crença na confiabilidade do processo eleitoral no Brasil; (4) concordância com a afirmação de que é bom ter um líder forte no governo, ainda que este não cumpra as regras; (5) concordância com a afirmação de que a vontade da maioria deve sempre prevalecer, mesmo prejudicando os direitos das minorias; (6) concordância com a afirmação de que os políticos são o principal problema do país; (7) confiança nos partidos; (8) confiança no Congresso Nacional; (9) confiança nas Forças Armadas; (10) confiança na Rede Globo. Essa série de variáveis examinadas abarca dimensões analíticas que podem ser consideradas importantes para se tentar compreender a estruturação das crenças, valores, atitudes e comportamentos dos eleitores de Bolsonaro.

Coordenação: Prof. Dr. Bruno Mello Souza

O projeto tem como objetivo analisar o processo de financiamento da Educação do Campo e no meio rural do Piauí, no contexto da despesa pública executada no período de 2011 a 2021, considerando as tensões entre interesses das parcelas do agronegócio e da agricultura camponesa e familiar.

Coordenação: Profa. Dra. Lucineide Barros Medeiros

Tem como objetivo analisar a situação da oferta de escolas e matrículas da escola do meio rural, situando a realidade do Piauí no contexto da região Nordeste do Brasil, em diálogo com a questão agrária, na perspectiva de compreender os principais desafios que a estrutura agrária no Brasil aportam no cenário da educação escolar.

Coordenação: Profa. Dra. Lucineide Barros Medeiros

Tem-se como objetivo geral analisar os elementos que compõem a despesa orçamentária pública e estatal do Piauí, relacionados à Fundação Universidade Estadual do Piauí (FUESPI), entidade mantenedora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no período de 2019 a 2021, na perspectiva de compreender a natureza de seu financiamento. Os objetivos específicos são: Identificar os tipos de despesas relacionadas ao financiamento da UESPI no período de 2019 a 2021; Identificar as despesas realizadas no período de 2019 a 2021, considerando as fontes e a previsão existente para o período; e Analisar a relação entre despesa previstas e realizadas no período de 2019 a 2021, considerando desafios gerais demandados pela comunidade acadêmica.

Coordenação: Profa. Dra. Lucineide Barros Medeiros

Tem-se como objetivo geral analisar a situação de infraestrutura de apoio pedagógico e administrativo, em escolas situadas no meio rural piauiense, considerando indicadores que compõem a política oficial de avaliação e os que estão inscritos na política de Educação do Campo, tendo em vista a importância desse item à oferta e ao ensino-aprendizagem escolar. Os objetivos específicos são: Conhecer, a partir da literatura e marcos legais/normativos existentes da política de Educação do Campo, os parâmetros relacionados à infraestrutura adequada à processos satisfatório de oferta e ensino-aprendizagem escolar; Identificar as maiores recorrências e principais carências em relação aos itens de apoio administrativo e pedagógico na escola do meio rural; Situar analiticamente os desafios existente em relação a infraestrutura no contexto dos limites impostos ao período de pandemia e pós-pandemia por Covid-19.

Coordenação: Profa. Dra. Lucineide Barros Medeiros

Tem-se como objetivo geral analisar as proposições de cunho jurídico e político e/ou para dar respostas à demandas desse tipo, elaboradas em processos coletivos da comunidade da Avenida Boa Esperança em Teresina (PI) no formação política integrada ao processo de resistência ao propósito de “Reassentamento Involuntário” da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT). Os objetivos Específicos: Analisar os tipos de conteúdos, com suas respectivas mensagens, posicionamentos e proposições explicitadas nos documentos produzidos no processo de resistência das famílias ao longo dos anos até o presente momento; Identificar os sujeitos individuais e coletivos participantes no processo de elaboração dos documentos; e Conhecer as estratégias de elaboração implicadas no processo de elaboração dos documentos.

Coordenação: Profa. Dra. Lucineide Barros Medeiros

As manifestações esportivas são práticas culturais, as quais produzem e transmitem a tradição e cultura local. Através delas, tem-se a promoção à construção de habilidades motoras, sociais, emocionais, cognitivas e de inclusão cultural de um indivíduo, aspectos especialmente relevantes no desenvolvimento integral na infância. Isso porque a criança tende a crescer respeitando e valorizando a história da comunidade e de seus diferentes povos, artes e singularidades. Logo, nota-se a importância de promover a prática esportiva, não só como um elemento de promoção da saúde, mas também como um elemento de grandiosa riqueza cultural, retratando a história, as batalhas e as vitórias enfrentadas pelos brasileiros durante toda a história do país até a atualidade.

Coordenação: Profa. Dra. Salania Maria Barbosa Melo

Analisar o diálogo entre história e literatura na narrativa africana pós-colonial através da literatura de Mia Couto e José Eduardo Agualusa. O projeto em questão contribui para o debate sobre a literatura pós-colonial africana, ampliando o conhecimento dos estudantes e da comunidade acadêmica sobre os países africanos lusófonos (que falam português), no sentido de analisar a sua produção literária como estratégia narrativa que visa a interdisciplinaridade de saberes em literaturas africanas de língua portuguesa. A escolha pelos dois intelectuais recai primeiramente na forma como ambos utilizam a língua como um lugar, um espaço de criação de sentidos, de conhecimento, entre as diversas culturas, acreditando que a literatura é um dos elementos formadores da identidade de um país.

Coordenação: Profa. Dra. Ana Cristina Meneses de Sousa

Realizar a organização e sistematização do material escrito existente nos limites do Blog Acervo A. Tito Filho, mostrando em bases analíticas itens como: 1. A produção intelectual (as redes intelectuais e institucionais existentes nos textos encontrados no Acervo); 2. As redes de circulação literária (salões literários, saraus, revistas); 3. As redes de proteção acadêmica e de rivalidades. A temática atual ?Acervo Digital como fonte de pesquisa histórica: organização e sistematização de dados do Acervo A. Tito Filho?, tem como principal objetivo organizar e sistematizar informações, do ponto de vista temático e intelectual, existentes no Acervo A.Tito Filho, no sentido de encontrar novos conteúdos de pesquisa, além de desenvolver no bolsista a vivência com a pesquisa em acervos online.

Coordenação: Profa. Dra. Ana Cristina Meneses de Sousa

Este projeto “Dos passos que vêm de longe… aos de hoje?” está vinculado a uma perspectiva de estudos literários a qual se contrapõe à visão hegemônica predominante na historiografia literária brasileira, à medida que tem como foco de leitura e estudo as produções de autoras e autores não canonizados, não requeridas como “alta literatura” nem circunscrita nos modelos de escrita que atente, por exemplo, aos preceitos da “arte pela arte”. O propósito primordial será direcionar o olhar e a investigação literária para as margens, para os que foram historicamente periferizados na alameda da construção do cânone literário brasileiro. […] Para isso, este projeto pretende investigar produções de autores e autoras negras brasileiras que escreveram romance, contos e/ou poemas dos anos 2000 a 2020, procurando identificar os interesses temáticos, as intencionalidades discursivas em que o sujeito e a sujeita negros encenam sua ancestralidade e seu pertencimento étnico-racial por e para a reconstrução de uma cidadania negra. Isto posto, infere-se que as produções de autores e autoras negras não só narrativizam ou poetizam a história da diáspora negra que visibilizam as lacunas e rasuras da existência social e histórica do povo negro, como também coloca em cena personagens e/ou personas poéticas que redimensionam seu papel enquanto sujeito ou sujeita na reestruturação da cidadania representativa do povo negro, no país que tende constantemente à marginalizá-los, seja pelo seu pertencimento racial, seja pelo caráter sexual e de gênero. […] Por esta via de investigação, acredita-se que a pesquisa será de relevante contribuição para os estudos da crítica afro-brasileira negra e para a reflexão sobre a literatura brasileira enquanto patrimônio cultural da nação. Os resultados fortalecerão sobremaneira os estudos que há muito tempo vêm sendo desenvolvidos por homens e mulheres pesquisadores/as que se debruçam sobre a escrita dos afrodescendentes no Brasil desde os primeiros homem e mulher negros a escrever literária e documentalmente. Aqui vale lembrar, os passos que vêm de longe de Maria Firmina dos Reis, Auta de Sousa, Esperança Garcia, Carolina Maria de Jesus, Luís Gama, Solano Trindade, Adão Ventura, Oswaldo de Camargo, e muitos outros que a maioria da população ainda não conhece, mas que, de uma forma ou de outra, incentivaram, marcaram e fortaleceram os passos literários dados na atualidade por Conceição Evaristo, Lia Vieira, Geni Guimarães, Miriam Alves, Jarid Arraes, Cidinha da Silva, Eliane Alves Cruz, Dinha, Lubi Prates, Rita Santana, Lívia Natáliak, Cuti, Edimilson de Almeida Pereira, Ronald Augusto, Ricardo Aleixo, Alan da Rosa, Vagner Amaro e outros/as. Esses autores e autoras mencionados no segundo no grupo dos que vêm depois aqueles cujas obras serão focalizadas nesta pesquisa. […].

Coordenação: Profa. Dra. Assunção de Maria Sousa e Silva

A pesquisa desenvolveu-se levando em consideração um período importante da História Contemporânea, a formação dos Estados autoritários, principalmente, o Estado Novo lusitano. Através da perspectiva transnacional serão analizados os domínios do Além-mar, sobretudo, Cabo Verde, como campo de produção para a crítica colonial e do regime salazarista. A percepção dos intelectuais diante desse Regime foram importantes para acentuar as ausências de diálogo em um momento de extrema limitação para a atividade reflexiva-contestatório dos pensadores ligados ao estado português. Nesse sentindo objetivou-se compreender os distanciamentos e aproximações entre o intelectual cabo-verdiano Baltazar Lopes e as conceituações de lusotropicalismo do escritor pernambucano Gilberto Freyre cuja viagem ao continente africano influeciou o ideário político dessas intelligentsia insular.

Coordenação: Prof. Dr. Gustavo de Andrade Durão

Este projeto visa se debruçar sobre a cultura política indígena no contexto da independência do Brasil por meio de sua atuação escrita e administrativa nas câmaras municipais de vilas de índios no Ceará. O recorte temporal escolhido delimita-se de 1821, quando iniciaram os trabalhos nas Cortes de Lisboa, até 1824, ano em que foi promulgada a primeira Constituição do império do Brasil, eclodiu a Confederação do Equador e delineou-se uma conjuntura particular no recém criado país independente. Buscamos rediscutir o legado dos povos indígenas na história política do Brasil e de contextos locais, como o do Ceará. Frequentemente, a memória ligada aos atuais municípios que se originaram de vilas de índios relegam a presença dessa população a tempos remotos, exclusivamente ao início da colonização. Em contraposição a isso, a presente pesquisa também pretende provocar a reconstrução dessas percepções, mostrando que os indígenas do passado não se diluíram de forma quase natural ou submissos a culturas supostamente mais fortes. Ao contrário, muitos também se transformaram e fizeram parte da construção política e social de suas vilas e foram protagonistas em processos importantes como o da independência do Brasil.

Coordenação: Prof. Dr. João Paulo Peixoto Costa

A presente proposta é a segunda de uma série com o intuito de analisar o multiculturalismo e Direitos um anos em comunidades quilombolas do semiárido piauiense. O presente projeto visa abordar a temática dos Direitos Humanos sob a óptica da multiculturalidade presente nas práticas vivenciadas pela Comunidade quilombola Canabrava, Paquetá-PI. Utilizaremos métodos pertencentes ao campo das Ciências Sociais e Antropologia. Idealizamos que sejam elaborados Trabalhos de Conclusão de Curso de graduação com a temática em pauta articulando o ensino, pesquisa e extensão e assim seja possível detectar gargalos e planejar estratégias de políticas públicas.

Coordenação: Prof. Dr. Luciano Silva Figueiredo

Este projeto tem por objetivo conhecer e analisar as ideias e notícias impressas em jornais piauienses, entre os anos de 1850 a 1889, sobre a população negra (afrodiaspórica). Essa proposta vem de encontro às ideias defendidas por Ki-Zerbo da necessidade de conhecermos a nós mesmos e o que sobre nós foi pensando, sistematizado e imposto ou não. O projeto possibilitará a construção de novos conhecimentos na sociedade piauiense e brasileira, a partir de fontes documentais organizadas (jornais digitalizados), permitindo maior acessibilidade e democratização de acesso a essas fontes, que entendemos ser cada vez mais necessárias, principalmente quando se tem a possibilidade de atingir objetivos voltados ao conhecimento dos aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, entre outros, dos africanos e de seus descendentes que vivenciaram o processo de diáspora forçada no território Piauiense/Brasileiro. Nossa meta consiste em contribuir com a história social da população afrodiaspórica no Brasil, dinamizando o debate sobre a valorização dessa população no Piauí por meio de publicações da pesquisa, na forma de artigos em revistas e apresentação de trabalhos em eventos regionais e nacionais.

Coordenação: Profa. Dra. Maria da Vitória Barbosa Lima

O objetivo deste projeto é a criação de um centro de prática e estudos sobre a Capoeira na UESPI, com espaço para as práticas da Capoeira no Laboratório de Artes, no Campus Torquato Neto (Pirajá), tendo como objetivos centrais oportunizar a aprendizagem teórica e vivencial da Capoeira em todas as suas dimensões e oferecer oportunidade a alunos, professores, técnicos da UESPI e pessoas da comunidade do entorno social da UESPI de aprofundamentos teóricos e práticos sobre a Capoeira. As aulas de Capoeira acontecem por meio de dois encontros semanais, com uma turma de 30 a 40 alunos, e duração de 80 minutos cada aula, com previsão de um processo avaliativo semestral que envolve aspectos gestuais, desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas próprias da capoeira e a apreensão de conhecimentos teóricos da Capoeira e da cultura brasileira em geral.

Coordenação: Prof. Dr. Robson Carlos da Silva

O processo de redemocratização do País, no final de 1970 até 1985, marcou um período de redefinição do sindicalismo rural. Este aspecto se soma à ação conjunta de entidades civis como Comissão Pastoral da Terra – CPT, Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAG, Central Única dos Trabalhadores – CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais – CONTAG, em meio ao acirramento dos conflitos no campo. Nesse sentido, interessa-nos lançar um olhar investigativo sobre a formação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais no Piauí – STR’s entre os anos de 1980 à 2000, em contexto de redefinição do sindicalismo rural em contexto nacional. A esse respeito cabe considerar o avanço do agronegócio na região dos Cerrados piauienses 1 e aumento das migrações, com números expressivos de aliciamento de trabalhadores rurais para escravização, ou trabalho forçado, em outras regiões do país. O sentido de investigar o processo de organização sindical no campo apontado nos estudos de Medeiros (1995), faz-se diante da necessidade de compreender a mobilização desses sujeitos, suas ações diante da problemática rural contemporânea evidenciada na questão da posse da terra, migração, aumento da violência no campo, exploração e escravização, dentre outros aspectos como desdobramento do avanço do capitalismo no campo intensificado na segunda metade do século XX.

Coordenadora: Prof. Dra. Cristiana Costa da Rocha

A preocupação desta pesquisa é compreender como ocorrência da violação dos direitos de pessoas e de grupos sociais a partir da compreensão dos mecanismos de produção, de reprodução e de transformação da sujeição em diversos agentes sociais, notadamente no contexto das relações de gênero e raciais, entendo neste último, as condições de subordinação que a sociedade contemporânea produz em seus diversos campos em desfavor dos negros e negras, nas relações de trabalho, na educação, no campo da violência social e institucional e na contínua reprodução de classificações e hierarquias. Ainda, as múltiplas formas de enfrentamento, o que pode significar, não apenas a espera por direitos, mas a organização de ações agonísticas no cotidiano dessas pessoas.

Coordenador: Prof. Dr. José da Cruz Bispo de Miranda

A hipótese trabalho é que as representações sociais sobre as comunidades tradicionais, notadamente as quilombolas são construídas para a reprodução do lugar natural, dos vestígios arqueológicos, estigmatizado e inferiorizado da população negra rural como consequência do racismo estrutural da sociedade brasileira. Nossa preocupação e justificativa desta pesquisa estão em atualizar as representações sociais sobre as comunidades quilombolas e arrefecer as assimetrias entre as expectativas e as realidades encontradas junto a esses territórios negros. Consequentemente, enfrentar o preconceito, o racismo e a discriminação que têm origens nas falsas representações do povo negro.

Coordenador: Prof. Dr. José da Cruz Bispo de Miranda

Esta investigação surge de estudos realizados no âmbito do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação e Ciências Sociais (NUPECSO), do Núcleo de Estudos Afro (NEPA) e na possibilidade de ampliar os olhares da pesquisa sobre essa temática e diagnosticar o alcance das políticas antirracistas na sociedade brasileira, partimos do seguinte problema: em que medida as políticas antirracistas têm impactado os Indicadores de Desenvolvimento Social (IDS), tais como: educação de qualidade, na redução das desigualdades, igualdade de gênero e erradicação da pobreza no atual contexto econômico e político brasileiro, especialmente no Piauí. A questão tenta prescrutar a temporalidade da existência de políticas de ações afirmativas até o momento em que a geração de jovens negros e negras consigam reproduzir os elementos econômicos, sociais, culturais e simbólicos adquiridos pela renda e status para seus descendentes de forma sustentável. Para isso, escolhemos a cidade de Teresina, Piauí, no período de 2018 a 2021 para termos a dimensão da relevância das Políticas de Ações Afirmativas (PA) nas transformações da estrutura social.

Coordenador: Prof. Dr. José da Cruz Bispo de Miranda